Em uma de nossas inúmeras viagens ao Vale do Ribeira nos anos 1990, eu e a Sandrinha soubemos que havia um construtor de instrumentos musicais no bairro de Icapara, em Iguape.

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Chegamos ao Icapara depois de rodarmos por Iguape e juntarmos migalhas de informações  por um dia inteiro. Na época Icapara era um bairro rural com um grande braço de rio onde os moradores trabalhavam reparando as redes de pesca.

Nessa época era muito difícil, conhecer e conversar com esse pessoal, pois o povo era muito arredio e desconfiado,não tinha esse papo furado  de "Cultura" não! e um estranho em uma comunidade pequena,nunca era bem vindo até que mostrasse que não era do mal.

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Molhamos a garganta num bar de pescadores e, orientados pelas crianças locais, seguimos pra casa do Sr Florêncio, o fazedor de violas.

 

Lá chegando nos deparamos com uma família numerosa, alguns conversavam no portão e outros estavam reunidos no quintal.

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Nós nos apresentamos e fomos convidados a entrar.

O sr Florêncio nos trouxe uma rabeca pronta e uma por terminar, muito bonitas. Trouxe também uma Viola de Fandango pela qual eu logo me apaixonei.

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Depois de muita conversa e alguns toques de Viola e Rabeca, nós compramos a Viola e fomos embora pra Iguape.

Essa foi a minha primeira viola de Fandango e também o primeiro

instrumento de nossa coleção.

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Depois disso conhecí vários rabequeiros em Iguape e vivi umas estórias bem interessantes.

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Como se pode observar, as Violas de Iguape não tem “Periquita”, aquela corda no tampo.

Em uma próxima postagem eu explico porque as Violas do litoral sul têm

Periquita e as do norte não tem.