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Os Primordios

 

Toque de Folia - Valmir Rosa
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O rio já era o caminho conhecido pelos povos nativos dessas terras. Ao contrário de outros, esse rio não seguia para o mar e sim para o interior. Isso era um convite aos aventureiros que tivessem coragem em desbravar as terras por onde passasse o seu curso porque lá, imaginavam, estavam as riquezas.

E, seguindo o fluxo do rio, os primeiros povoados e as primeiras capelas construídas. Essa gente que chegava e derrubava o mato para plantar e se instalar nas margens do rio, trazia as suas comidas, as suas ferramentas, as suas rezas, as suas danças e músicas. E era uma gente que já se misturava e misturado ficava tudo o que produziam.

 

Os ritmos e danças que derivam da interação dos colonizadores europeus com os indígenas, foram se ramificando à medida que os novos povoadores entravam no território.


Após um longo período de isolamento dessa região, teve início a colonização e a atividade econômica, chegando então à região a última e não menos importante contribuição para que a cultura paulista tradicional fosse de fato solidificada, foi a cultura e a mitologia trazida pelos escravos negros.


Às manifestações da cultura tradicional paulista que já se praticavam na época, como a Catira, a Dança de Santa Cruz, as Folias, os ritmos de viola e cantos religiosos, se juntaram as danças, as comidas e a religiosidade dos escravos negros, como os vários tipos de Batuques e Sambas, e que mais tarde se aglutinariam nas  irmandades de São Benedito, Nossa Senhora do Rosário e outras que surgiriam pelo interior do Estado.

 

E lembrando que, talvez, o nome mais mítico e sagrado, a quase unanimidade quando se fala de viola caipira, seja o de um violeiro negro que eu não preciso nem dizer quem é!!

 

E não vamos esquecer que no improviso do Cururu também temos um mito, um cantador que apertava os adversários, um negro que encantou esse Estado de ponta a ponta.

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